O ministro do Turismo brasileiro, Pedro Novais, foi a Assunção - Paraguai para a nona edição do encontro. Ele destacou a importância do debate de propostas comuns para o crescimento turístico do Mercosul. “Atuando de forma conjunta conseguimos facilitar a vinda de turistas de outros continentes. O objetivo é de ajuda mútua para viabilizar o desenvolvimento e a qualificação do turismo regional”, afirmou. A agenda foi até quarta-feira ultima.
A reunião ministerial é realizada a cada seis meses no país que detém a presidência do bloco. O grupo foi instituído em 2003 por iniciativa do Brasil e é ligado diretamente ao Conselho Mercado Comum – CMC, órgão superior de decisão do Mercosul.
Um dos temas tratados durante a IX Reunião de Ministros de Estado de Turismo do Mercosul – RMTur, foi a necessidade de sistematizar as estatísticas turísticas entre os países da região. As autoridades foram enfáticas ao afirmar que o tema é de fundamental importância para ações integradas de promoção turística.
O Brasil já cedeu a tecnologia Cadastur para o Paraguai, sistema de cadastramento de empresas e profissionais do turismo. O país presta consultoria para que o software seja adaptado à realidade paraguaia. Argentina e Uruguai, no entanto, utilizam outro sistema. Os demais países também têm ferramentas próprias, o que ainda traz dificuldades para a comparação de dados.
Segundo o ministro Pedro Novais, a homogeneização permitirá uma melhor gestão das políticas de turismo no bloco. “Há dificuldades para reunirmos os dados e estabelecermos parâmetros e metas. Temos o objetivo comum de um selo de qualidade entre os países, para avaliarmos com segurança nosso desenvolvimento turístico”, disse.
A ministra do Turismo do Paraguai, Liz Rosanna Cramer Campos, elogiou o incentivo dado com a experiência do Cadastur e afirmou que ela tem permitido a integração de entidades turísticas da capital Assunção com as de regiões mais distantes do país. “Temos a obrigação de desenvolver um padrão comum dentro do Mercosul para que o crescimento turístico se dê de forma mais rápida e mais integrada”.
Foco no Japão
A promoção turística do Mercosul no Japão foi um dos principais assuntos tratados no evento. O impacto causado pelo tsunami em 11 de março provocou uma forte queda no fluxo de turistas japoneses no bloco sul-americano. Os países membros querem integrar esforços para reverter esse quadro em curto prazo.
No primeiro trimestre de 2011, houve um decréscimo de 21% nos pacotes vendidos dentro do mercado japonês para o Mercosul. Os indicadores estavam em alta: de 2007 a 2010, tinham subido 54%. Para o Brasil, foram 249 pacotes vendidos em 2010. Os lugares mais procurados pelos japoneses são Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e Manaus. Um novo destino começa a ganhar espaço: os Lençóis Maranhenses, que saltaram de 16 produtos oferecidos pelas agências de viagens no Japão em 2009 para 28 em 2010.
O Japão é um mercado importante para o Brasil e o Mercosul. Cerca de 60 mil turistas visitaram o país em 2010, marca expressiva quando comparada com os registros dos países vizinhos. O Mercosul, ao todo, registrou a entrada de 85 mil japoneses em 2010. “Temos um grande trabalho pela frente de reconstrução do fluxo turístico com o Japão.
O momento é de fazermos uma integração de ações de promoção e de produtos dentro do Mercosul para baixarmos custos e retomarmos este crescimento”, explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário