Marketing e Negócios: Hamburger com amônia

Que os hambúrgueres que comemos são “ligeiramente diferentes” da carne comum todos concordam. E não parece haver nada de errado com o processamento que faz um corte qualquer de carne virar uma pasta. Ou não havia.
Na última semana, um artigo do Michael Moss, do New York Times, colocou em alerta a indústria de alimentos: a adição de amônia na carne moída dos hambúrgueres, uma medida aprovada pelo Departamento da Agricultura dos EUA, não é tão segura quanto alegam.
Turbinar a carne moída com amônia é um procedimento bastante comum na fabricação de rações animais, por exemplo, e passou a ser usada também no processamento de carne para consumo humano da Beef Products, empresa que vende carne para restaurantes e lanchonetes como Mc Donald’s, Burguer King e até para o governo norte-americano, sendo distribuída em escolas e presídios. A amônia, garantem os fabricantes, mata bactérias prejudiciais à saúde.
Carne com amônia é legal? Até pouco tempo atrás, sim.
A prova de sua eficácia era dada como certa. Em 2007, quando o Departamento de Agricultura começou a testar a carne de hambúrguer industrializada, a Beef Products era tão confiável que foi isentada do teste.
Mas registros de governo e da própria indústria, obtidos pelo jornal, afirmam que Escherichia coli e salmonella foram encontrados em 12 amostras de carne que seria servida na merenda escolar. O produto foi recolhido, e a Beef Products não fornece mais sua carne para o governo.
Por enquanto, só o governo deixou de consumi-la. E quanto aos restaurantes, supermercados, fast-foods?
O incidente teve repercussão no site do jornal e no Twitter.
Porta-vozes do McDonald’s e do Burguer King dizem confiar nas pesquisas do governo, mas não pretendem deixar de comprar carne da Beef Products.
A não ser que o próprio governo proíba sua comercialização.
E aí? Vai comer aquela promoção do Quarteirão hoje?

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