São Paulo - Triticultores e moinhos estão novamente em pé de guerra devido à decisão do Ministério da Agricultura de adiar a entrada em vigor das novas normas de classificação do trigo brasileiro, que exigiria uma melhora na qualidade do trigo nacional, para 1° de julho do ano que vem. A decisão, publicada pelo Diário Oficial na ultima sexta-feira, agradou os agricultores, mas foi muito criticada ontem pelos moinhos do País, que esperavam compor seus estoques com o trigo nacional. Assim, o País terá de importar trigo, principalmente da Argentina, e a preços mais altos, encarecendo a farinha branca, usada na produção do pão. Além disso, a Argentina, que fornece 90% do trigo importado pelo Brasil, ameaça recriar o imposto polêmico sobre a exportação de grãos.
Com a decisão, os produtores brasileiros terão mais um ano para se adaptar às normas, definidas para vigorar a partir de julho deste ano.
Segundo o Mapa, a prorrogação garante que triticultores tenham acesso às variedades de trigo adaptadas às novas normas. O novo padrão do trigo altera as classes do produto, estabelecendo como designação o tipo melhorado, pão, doméstico, básico e outros. A norma do Mapa determina o percentual máximo de impurezas, umidade, matérias estranhas e defeitos, de acordo com o tipo do produto.
Os moinhos calculam que o Brasil terá de importar cerca de 6 milhões de toneladas de trigo para atender a demanda interna pelo produto.
Os moinhos calculam que o Brasil terá de importar cerca de 6 milhões de toneladas de trigo para atender a demanda interna pelo produto.
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