Schin patina na participação de mercado e não vê resultados com Devassa Bem Loura
Entre as interessadas, estariam a britânica SAB Miller, a dinamarquesa Carlsberg e a holandesa Heineken. A venda do controle da Schincariol seria a consequência de uma série de problemas que a cervejaria enfrentou nos últimos anos.
O primeiro é a perda de participação de mercado. Em 2008, por exemplo, a Schincariol possuía cerca de 13%. Desde então, a empresa encolheu, enquanto a Petrópolis se aproximou perigosamente, a ponto de ameaçar a sua vice-liderança. Na última pesquisa da Nielsen, a Schincariol possuía 10,97%, ante 10,8% da rival.
O recuo de sua fatia de mercado reflete, ainda, o fracasso de sua maior aposta – a cerveja Devassa Bem Loura, lançada com estardalhaço no Carnaval de 2010. Tendo como primeira garota-propagada a socialite Paris Hilton, o produto não teve o desempenho esperado. Segundo reportagem de Exame, a meta era fechar 2010 com 1,5% de mercado, mas o resultado teria sido de 0,2%.
Derrapadas
O número aquém do esperado é atribuído a decisões equivocadas, como a desmobilização antecipada da equipe de 150 vendedores, montada especialmente para vender a Devassa Bem Loura. Entusiasmada pela boa recepção inicial, a Schincariol teria incorporado a marca ao portfólio de todos os vendedores – o que a diluiu em meio à oferta de outros produtos.
Em paralelo, para cortar custos, o presidente da companhia, Adriano Schincariol, iniciou uma forte reestruturação que envolveu a demissão de diretores e gerentes. Na prática, isso significou a reversão do processo de profissionalização da empresa, iniciado em 2007, logo após a morte de seu pai e fundador da cervejaria, José Nelson Schincariol.
O argumento de Adriano para as demissões é que a companhia não estava cumprindo seu objetivo básico – vender cervejas. Mas as recentes o fracasso das recentes iniciativas mostra que o problema pode ser bem maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário