Curiosidades Gastronômicas: O Arroz Selvagem

O "Arroz Selvagem"




O arroz selvagem tem conquistado adeptos em todo o mundo.
Carregado de sofisticação, atrai por sua aparência, sabor e aroma diferenciados.
Os grãos são escuros (marrons e pretos) e seu comprimento é três vezes maior que o do arroz comum. Exala um aroma parecido com ervas, que remete ao seu ambiente natural – os lagos e rios dos Estados Unidos e Canadá.
Devido ao apelo exótico e ao elevado valor nutricional, em comparação com o arroz branco, o arroz selvagem ganhou popularidade. Atualmente, a província de Saskatchewan é a maior produtora do Canadá e o estado de Minessota é o maior nos EUA.
É pobre em gorduras e rico em proteínas, lisina (um aminoácido) e fibras. É também uma boa fonte de potássio, fósforo e vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina), de acordo com o HealthNotes.

A parte mais gostosa deste "arroz" - depois do próprio - é a sua curiosa história.

É a semente de uma gramínea aquática – e, portanto, não é arroz!


O registro de sua utilização é bastante antigo. Era o alimento básico dos índios Chippewa e Sioux.
O cultivo comercial do arroz selvagem deve seguir padrões para manter as características rústicas do grão. Os produtores de Minessota, por exemplo, precisam de uma licença para plantar. Além disso, a colheita, que ocorre em setembro, deve ser realizada com canoas, igual os índios faziam. Enquanto os canadenses normalmente colhem o grão em áreas naturalmente submersas, os estadunidenses o plantam em campos irrigados. A planta tem estágios bem distintos de desenvolvimento e requer muitos cuidados, especialmente com as condições da água e clima.
Os procedimentos pós-colheita também são bem particulares. O grão, que é colhido verde, é disposto ao sol e sob a água em fileiras, para perder a clorofila; depois de maturado, é seco, descascado (o arroz preto é a semente) e levemente tostado. Pode então ser transportado e armazenado.
O arroz selvagem está sob proteção estatal na China, uma vez que a ação humana e as mudanças climáticas colocaram a espécie sob risco de extinção. Ele é considerado estratégico para a segurança alimentar num país de 1,3 bilhão de habitantes, por carregar forte herança genética (é um ancestral do arroz cultivado hoje).
No fim de maio, a China estabeleceu a maior zona de proteção para o arroz selvagem no mundo, com cerca de 42 hectares (já existem outras no país). Está localizada ao sul da província costeira de Guangxi Zhuang e representa um banco de 11 milhões de amostras de recursos genéticos, conforme divulgado pela mídia local.
O arroz selvagem híbrido é largamente plantado na China e colabora para que o país ocupe o posto de maior produtor mundial do cereal.
No Brasil, os consumidores podem encontrar o arroz selvagem nos supermercados, sob algumas marcas comerciais.
O preço é bem mais elevado que o do arroz agulhinha (em média 3.500% mais caro).
Uma dica para não pesar no bolso, aproveitar as qualidades nutricionais e dar requinte à refeição é misturar o arroz selvagem com o arroz branco, já cozidos, num único prato.



Shirley Santos é Consultora de Marketing Empresarial e Gastronômico pela M.PMG/H (http://mpmgh-marketnews.blogspot.com)
Gestora Gastronômica, Palestrante, Professora, Orientadora empresarial & Coach, Escritora, Colunista Jornalística e Blogueira (http://gestaonahospitalidade.blogspot.com).
Gestora Gastronômica do buffet Paixões da Chef - Atelier Gastronômico (http://paixoesdachef.blogspot.com)
Uma das 10 Super Chefs da edição 2011, do programa "Mais Você", na Rede Globo
e-mail:shirleysantos88@hotmail.com

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