Especialista propõe durante Mídia Master Brasil que pessoas deixem melhores práticas um pouco de lado e busquem o verdadeiro caminho da inovação
Será que existe um guia de melhores práticas dentro das agências de publicidade?
Será que existe um guia de melhores práticas dentro das agências de publicidade?
Certamente que sim, na opinião do professor Mario Sérgio Kojima, consultor da McKinsey e professor do Insper. O que ele propôs em sua palestra sobre "Criatividade e Inovação" - durante apresentação no Mídia Master Brasil - é que os profissionais de mídia quebrem os paradigmas e busquem novas maneiras de atuar. "Por mais que tenhamos as melhores práticas, sempre há uma forma de buscarmos o novo", afirmou.
Ele comparou esse conceito com a situação de maestros e suas orquestras. Acostumados até os anos 80 com um modelo mais conservador de regência, o que muitas vezes chegava a ser confundido com empáfia, eles arriscaram novos formatos, que passaram a incluir pulos, olhos fechados e até uma regência sem as mãos, somente com os olhos. Criaram-se, assim, novos e respeitados estilos de regência de orquestras.
Para este tipo de coisa ocorrer, defende Kojima, as pessoas precisam deixar de serem obedientes e acatar tudo o que lhes é pedido, para buscar a criatividade. Kojima citou um exemplo de uma seleção de um gerente de marketing conduzida pela consultoria McKinsey. "O presidente, o diretor de marketing e o diretor de vendas foram instruídos a dizer que o pior dos três anúncios apresentados, uma peça com nível muito ruim, era a melhor de todas. Quando a palavra chegava aos candidatos ao cargo, eles geralmente diziam que aquele era o melhor. E eram eliminados da disputa", relembrou.
A busca pela criatividade, concluiu, deve considerar que "quanto mais experts nós nos tornamos, menos inovamos, porque teremos mais verdades", afirmou. "Temos que sempre voltar ao zero e aprender para que possamos inovar", sugeriu. O professor convidou ainda os profissionais de mídia do Mídia Master Brasil a inovarem com espetos de marcarrão, durex e um marshmallow.
Aqueles que construíssem a torre de macarrão mais alta, e com condições de segurar o marshmallow, ganhariam o desafio. Muitas desabaram e o professor garantiu: "Quem faz MBA, geralmente se apega a templates, e acaba tendo resultados piores do que o de crianças neste experimento".
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