Uma usina já produz o açúcar cristal sem usar o dióxido de enxofre, também chamado de sulfito, que serve para deixar o açúcar branco. No lugar do enxofre, é usado o ozônio. Uma mudança no processo de produção do açúcar cristal vai melhorar a qualidade do produto para o consumidor e poderá também abrir as portas do mercado mundial. Uma usina já produz o açúcar cristal sem usar o dióxido de enxofre, também chamado de sulfito, que serve para deixar o açúcar branco. No lugar do enxofre, é usado o ozônio, obtido na própria usina em uma máquina. Com a mudança no processo de produção, o açúcar cristal brasileiro pode finalmente ser exportado para a Europa e os Estados Unidos, que hoje não comprar o nosso açúcar embranquecido por causa da adição de enxofre, considerada nociva à saúde. O engenheiro e pesquisador pernambucano, Raimundo Soltim, descobriu que o ozônio poderia substituir o enxofre. “Com certeza, melhora o gosto. Sem o enxofre, que é amargo, o açúcar vai ficar mais doce”, afirma Sultin. O açúcar sem enxofre já está sendo produzido em usinas de Pernambuco, Paraíba, Bahia e São Paulo. Um das vantagens é que, ao contrário do enxofre, o ozônio aceita a adição de vitaminas. Outro benefício da substituição é a redução de custos. ”Durante o processo de clarificação do açúcar, você reduz, pelo menos, 10% o uso de outros produtos que seriam coadjuvantes no processo”, explica a gerente industrial Marlene Oliveira. Professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Raquel Santana ressalta a importância de se eliminar o enxofre. “Apesar de a Anvisa permitir e autorizar a adição de enxofre em até 20 miligramas por quilo de alimento, já se consegue fazer um açúcar clareado, branco. Sem a adição do enxofre, é muito melhor”, ela avalia.
Fonte: Jornal Nacional - 04/05/2009
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